Foram inúmeras as mulheres que fizeram história no Brasil e revolucionaram o desenvolvimento da economia e da política, sobretudo por suas capacidades de se fortalecerem por meio do conhecimento e da vontade de destrinchar as engrenagens que movem a sociedade.
No artigo de hoje, falaremos sobre mulheres de garra, e que servem como inspiração no nosso dia a dia pela coragem e resiliência em meio a tantas mudanças do corpo social brasileiro, com o objetivo de mudar a realidade não só de uma, mas de todas as mulheres.
A importância de lembrar mulheres que marcaram o Brasil
Lembrar das mulheres que marcaram o Brasil, especialmente em períodos de grandes conflitos e revoluções, é reconhecer o protagonismo feminino diante de desafios históricos que, inclusive, em grande parte ainda não foram reparados. Entre eles, estão os estigmas sobre os papéis que “deveriam” ocupar na sociedade, a exclusão de direitos básicos como o acesso à educação e à liberdade de expressão, além do sexismo, machismo, violência e silenciamento.
Falamos de mulheres que se recusaram a ter seus destinos definidos por outros – pelos homens.
Exigiam, por justiça, o mesmo direito de opinar, participar, compreender e se fazer presentes nos espaços de decisão, assim como os homens.
Esse protagonismo ganha ainda mais urgência quando olhamos para o período colonial no Brasil, onde mulheres negras enfrentavam uma opressão tripla: de gênero, de raça e de classe. Foram vistas como corpos sem valor, associadas ao sujo, hipersexualizadas e privadas de qualquer reconhecimento social durante quase 400 anos.
São anos e anos, vendo filha, irmã, tia, amiga, avó, mãe, sendo separadas de forma brutal e desumana. São centenas de anos enviesadas em uma realidade perturbadora e que não aparentava ter um fim.
Quando falamos de protagonismo da mulher e cultura brasileira na economia, é para lembrar em quantas mãos a economia do Brasil passou e ainda passa, mas também sobre as cicatrizes que ainda estão sendo reparadas e sobre um futuro onde o apoio a todas as mulheres que querem moldar o próprio destino com as próprias mãos, seja o mínimo.
Mulheres que fizeram história na economia e nos negócios
Foram muitas as mulheres que fizeram história na economia e nos negócios em terras brasileiras. A seguir, vamos entender um pouco sobre suas histórias no que tange as influências no desenvolvimento e sociedade do Brasil desde o crescimento da nossa política/governo.
Chica da Silva
Francisca da Silva de Oliveira ou, como a chamavam, “Chica da Silva”, foi uma mulher negra alforriada, esposa de um contratador de diamantes que vivia em Minas Gerais na região de Diamantina, na época famosa pela extração de diamantes em grande escala. A história de Chica vem de muitos desafios durante o período colonial no Brasil, mas é de reconhecimento na história suas inúmeras influências nos negócios, se tornando posteriormente uma protagonista na sociedade de elite, rompendo com diversos estigmas machistas e racistas na época. Chica fundou seu próprio império e a dominava com a própria inteligência e determinação.
Maria Firmina dos Reis
Maria Firmina, escritora, musicista e mulher maranhense, foi a criadora da primeira escola mista no Brasil. Diante de inúmeras repressões, foi esquecida e desvalorizada pela população de Maçaricó, na época, no século XIX. No Maranhão, no dia 11 de março, data de nascimento de Maria Firmina, é comemorado o Dia da Mulher Maranhense como forma de homenagear a mulher que lutou pelo direito à educação para as mulheres e pessoas negras. Podemos dizer que Firmina foi uma grande empreendedora social e educacional.
Nísia Floresta
Nísia Floresta Brasileira Augusta, foi uma das pioneiras no movimento social feminista em meados de 1830, referência na época pela sua participação no jornalismo e escrituras sobre os estigmas e condições da mulher brasileira da época. Além disso, também apoiou a causa indígena e abolicionista, diante do povo negro escravizado e injustiçado na época. Muitas de suas obras reivindicavam o lugar da mulher nas escolas e na sociedade, criticando o sistema de ensino do período e se tornando figura de prestígio por meio de seus artigos, até mesmo por outros estudiosos.
Essas e outras mulheres da contemporaneidade revolucionaram o sistema em que viviam, infelizmente, diante de tantos desafios enfrentados pela mulher até hoje e, principalmente, pela mulher negra brasileira. Muitos negócios, ONG´s e projetos de apoio à mulher surgem dessas cicatrizes, com o objetivo de acolher, encontrar e salvar mulheres de realidades desumanas, principalmente as que vivem em regiões afastadas, de difícil acesso e do interior.
A luta feminina empreendedora, portanto, faz emergir diversos desafios e, sobretudo, criando mais motivo de existência do Projeto SebastianaS, que, diariamente, une forças de diversas mulheres capacitadas e determinadas a transformar a realidade de muitas outras.
Falar sobre mulheres de garra é mostrar que, mesmo diante de realidades sofridas, desamparo, injustiças e silenciamentos, tivemos mulheres que fizeram história no Brasil, colocando como prioridade lutar umas pelas outras para que tivéssemos um futuro mais digno como o que temos hoje, desafiando até mesmo a morte.
O artigo de hoje é um lembrete que, em quaisquer que sejam as épocas, existirão mulheres para apoiar umas às outras e que você, pequena grande empreendedora, nunca estará sozinha. A luta é e sempre será viva no Projeto SebastianaS.
E se você quer continuar apoiando esse projeto, para que ele alcance muitas outras mulheres que precisam de apoio na jornada empreendedora, assine nossa newsletter e nos siga no Facebook e no Instagram! Conheça mais!