Marketplaces e Mulheres Empreendedoras: Como Vender Mais e Melhor em Plataformas Digitais

Duas mulheres comemorando vendas online em frente a um notebook, simbolizando sucesso em marketplaces para mulheres empreendedoras.

As vendas online se tornaram uma das principais vias de crescimento para quem empreende. Entre as mulheres empreendedoras, que muitas vezes conciliam negócios com a vida doméstica e outras jornadas, os marketplaces digitais representam não apenas uma alternativa viável, mas uma oportunidade real de ampliação de renda e alcance. O que antes exigia loja física, equipe e grandes investimentos, hoje pode ser iniciado com um bom produto, planejamento e um celular com acesso à internet.

A primeira grande vantagem dos marketplaces é a infraestrutura pronta. Em vez de montar um site do zero, atrair visitantes e investir em segurança de pagamento, a empreendedora entra em um ambiente já estruturado, com tráfego consolidado e ferramentas integradas de vendas, frete e cobrança. Isso reduz drasticamente os custos e o tempo de implementação.

Além disso, os marketplaces oferecem credibilidade para quem está começando. O consumidor que ainda não conhece a marca tende a confiar mais em plataformas como Shopee, Mercado Livre ou Magalu, justamente por já estar habituado ao processo de compra nessas vitrines digitais.

Outro ponto forte é o alcance geográfico. A empreendedora que antes vendia apenas em sua cidade pode, com poucos cliques, atingir consumidores em todo o país — ou até fora dele, dependendo da plataforma.

Desafios enfrentados por mulheres empreendedoras nos marketplaces

Apesar das facilidades técnicas, as empreendedoras encontram diversos obstáculos dentro desses ambientes. Um dos principais é a alta concorrência. Muitos marketplaces concentram centenas ou milhares de vendedores no mesmo nicho, com produtos semelhantes, o que exige um esforço constante para se destacar.

A precificação também é um desafio. Taxas cobradas pelas plataformas (comissão por venda, frete, anúncios) precisam ser bem calculadas, o que exige conhecimento mínimo de finanças. Muitas empreendedoras acabam praticando preços baixos demais para competir, o que pode comprometer a sustentabilidade do negócio.

Outro ponto crítico é a falta de domínio de ferramentas digitais. Criar boas descrições, tirar fotos atrativas, entender o funcionamento dos algoritmos, trabalhar com anúncios e promoções — tudo isso exige uma curva de aprendizado que nem sempre é acessível, principalmente para mulheres que trabalham sozinhas ou que conciliam o negócio com filhos, casa e outras ocupações.

Por fim, vale destacar a falta de tempo. O empreendedorismo feminino no Brasil ainda está muito ligado à chamada “dupla jornada”, o que dificulta a dedicação a capacitações, atualizações de anúncios e atendimento ao cliente — essenciais em marketplaces.

Como escolher o marketplace ideal

Nem todo marketplace serve para todo tipo de negócio. É importante conhecer as características específicas de cada plataforma:

  • Mercado Livre: ideal para produtos variados, desde eletrônicos até moda e decoração. Forte em logística e presença nacional.
  • Shopee: foco em preços baixos e grande volume. Boa para quem trabalha com importados ou produtos populares.
  • Magalu Parceiro: voltado a pequenos empreendedores brasileiros. Oferece capacitação e até microcrédito.
  • Elo7: perfeito para produtos autorais e artesanais, muito usado por mulheres que trabalham com costura, papelaria, moda e decoração personalizada.
  • Amazon e Americanas: exigem um pouco mais de estrutura e planejamento, mas oferecem grande visibilidade e volume de vendas.

Para escolher, a empreendedora deve observar as taxas de comissão, o perfil do público-alvo da plataforma, as regras de frete e devolução, e o tipo de suporte oferecido.

Estratégias para se destacar

Num ambiente tão competitivo, é essencial investir em diferenciação e profissionalismo, mesmo sendo um negócio pequeno. Veja algumas estratégias práticas:

  • Fotos de qualidade: boas imagens vendem. Use luz natural, fundos neutros e enquadramentos limpos.
  • Descrição objetiva e atrativa: destaque os diferenciais do produto, use palavras-chave e responda às principais dúvidas que o cliente possa ter.
  • Avaliações e reputação: responda os clientes com educação, entregue no prazo e estimule avaliações positivas.
  • Anúncios pagos dentro da plataforma: mesmo com pouco orçamento, é possível impulsionar produtos estratégicos e alcançar mais compradores.
  • Identidade visual e storytelling: mesmo em plataformas padronizadas, é possível criar uma “marca” que se destaca pela linguagem, embalagem e história por trás do produto.
  • Análise de métricas: acompanhar quais produtos vendem mais, em quais dias e horários, pode ajudar a tomar decisões mais assertivas.

Fique atenta! O projeto Sebastianas está trazendo dicas relevantes nas redes sociais para você se destacar.

Capacitação e redes de apoio

Cada vez mais iniciativas têm surgido para apoiar mulheres que desejam empreender no digital. Programas como o Empreendedoras Magalu, o Potência Feminina (BNDES) e o Sebrae Delas oferecem desde cursos gratuitos até mentorias específicas para quem vende em marketplaces.

Cursos gratuitos 

Participar de grupos de empreendedoras também pode ser uma excelente forma de trocar experiências, aprender com quem já passou pelos mesmos desafios e formar parcerias.

Meça,  Analise, invista 

Nada no empreendedorismo é estático. Vender em marketplace também é um processo vivo — que exige escuta, atenção e afeto pelos detalhes. Não basta cadastrar os produtos e esperar. É preciso acompanhar o que está acontecendo com eles: quais vendem mais, quais encalham, o que as pessoas estão dizendo, por que algo foi devolvido. Cada número e cada comentário contam uma história, e ouvir essas histórias é parte do crescimento.

Às vezes, o ajuste é simples: trocar uma foto escura por uma mais clara, rever um preço, melhorar a descrição. Outras vezes, é repensar estratégias maiores, entender que o que você oferece pode ser incrível, mas precisa de outro jeito de ser apresentado. E tudo bem. A concorrência pode ser dura, mas a sua marca pode ser única — seja pela forma como embala, responde, agradece ou acolhe.

Cuidar desse acompanhamento não é só uma tarefa técnica. É uma forma de respeito com o que você construiu e com quem está do outro lado da tela. E quando você se permite ajustar, sem perder sua essência, o caminho se alinha — mais forte, mais consciente e mais seu.

Estar em um marketplace não significa que os clientes vão te encontrar com facilidade. Mesmo com tanta gente circulando por ali todos os dias, seu produto ainda precisa se destacar no meio da multidão. E é aí que entra o marketing — não como uma obrigação fria, mas como uma extensão da sua presença. Aquela forma de dizer “ei, estou aqui, olha o que eu criei com tanto cuidado”.

Os marketplaces digitais representam uma janela poderosa de crescimento para mulheres empreendedoras, especialmente aquelas que precisam de flexibilidade e baixo investimento. No entanto, vender nesses espaços exige mais do que apenas cadastrar um produto: é necessário entender o funcionamento da plataforma, conhecer o público e se preparar para uma gestão profissional.

Apesar dos desafios, há um caminho possível, concreto e sustentável — especialmente quando há apoio, capacitação e rede. O empreendedorismo feminino não é apenas sobre gerar renda: é sobre autonomia, realização e transformação. E, com as ferramentas certas, ele pode ir ainda mais longe.

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